Na Sexta-Feira Santa da infância de Paulo Roberto Ramos em Santo Antônio da Patrulha, não se ligava o rádio e o tom de voz das conversas era sempre mais baixo do que o comum. Os familiares evitavam fazer qualquer tipo de limpeza no lar. A mãe cobria as imagens de santos, quadros e fotografias com panos roxos, para simbolizar o luto. Respeitava-se o jejum, fazendo apenas uma refeição – peixe e um pouco de arroz. Hoje, aos 66 anos, o aposentado mantém vivos hábitos de reflexão e luto pela lembrança da morte de Cristo, mas convive com mudanças consideráveis na forma como os cristãos – e até ele mesmo – celebram a data.
Paixão de Cristo
Estariam as tradições da Semana Santa mais flexíveis?
Ações feitas nessa data podem ter ganho um caráter mais cultural do que espiritual na atualidade, acredita teólogo. Igreja mostra flexibilidade quanto a ações dos fiéis na data
Paula Minozzo
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