O Rio Grande do Sul está envelhecendo mais rapidamente do que a média nacional. O Estado é o segundo do país em proporção de habitantes acima de 60 anos, enquanto o ritmo de nascimentos cai a cada ano. Os dados estão na Síntese de Indicadores Sociais - Uma análise das condições de vida da população brasileira 2015, estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
O estado com a população mais jovem do Brasil é o Amapá, que tem 58% dos habitantes com até 29 anos de idade. Na outra ponta, o estado com menos jovens é o Rio Grande do Sul, com 40,5% dos habitantes nesta faixa etária. O menor percentual absoluto, no entanto, foi verificado na região metropolitana do Rio de Janeiro, que tem 40,1% de jovens.
Os estados com as maiores proporções de idosos foram Rio de Janeiro (17,4% da população) e Rio Grande do Sul (17,3%) em 2014. Ao mesmo tempo em que aumenta a proporção de idosos, reduz o ritmo de novos nascimentos. A taxa de fecundidade no Rio Grande do Sul está entre as mais baixas do Brasil. Os menores valores neste indicador foram observados em Santa Catarina e Distrito Federal (1,57 filho por mulher), Rio Grande do Sul (1,58) e Rio de Janeiro (1,60).
Número de idosos quase triplicará no Brasil até 2050
A média brasileira fica em 1,74 filho por mulher. Este descompasso entre envelhecimento e nascimentos se reflete na participação de jovens na sociedade. Nos últimos dez anos, a proporção de pessoas até 29 anos entre os gaúchos caiu de 48,4% para 40,5%.
Conforme o IBGE, o envelhecimento populacional, caracterizado pelo aumento da participação percentual dos idosos na população, é um fenômeno já evidente no país, e tende a se intensificar nas próximas décadas. A participação dos idosos de 60 anos ou mais de idade no Brasil passou de 9,7% para 13,7% de 2004 para 2014.
O levantamento do IBGE também mostra que o Rio Grande do Sul tem o menor número de moradores não naturais - o chamado índice de migração. Apenas 4,2 dos residentes em território gaúcho são nascidos em outros Estados. No Distrito Federal e em Rondônia, por exemplo, passa de 40%.