Em cenas que se repetem a cada ano, as praias do litoral norte do Estado correm contra o tempo para dar alguma sombra e água fresca aos veranistas. A poucos dias do início do verão, as cidades fervem em obras de revitalização de calçadões e passarelas de acesso à praia ou de retoque nas casinhas de salva-vidas.
As reformas começaram tarde demais, queixam-se veranistas e moradores. Houve atrasos na licitação ou quebra inesperada de contrato, respondem os prefeitos. O certo é que os gaúchos que invadirem o litoral nos próximos dias devem deparar mais com escavadeiras e pedreiros do que com quiosques.
ZH percorreu cinco das praias mais movimentadas do Litoral - Torres, Capão da Canoa, Xangri-lá, Imbé e Tramandaí - para verificar como se preparam para a chegada dos turistas. O transtorno das reformas tem como contrapeso melhores condições para circulação, com ruas menos esburacadas e centros mais limpos em comparação com o final de 2014. Por outro lado, melhorias prometidas há anos, como rampas até a beira da praia e obras de acessibilidade, parecem ter mergulhado no esquecimento.
Nenhuma cidade passou ilesa, a exemplo de levantamentos que ZH realizou nestas mesmas praias às vésperas de temporadas de verão em anos anteriores (confira aqui o teste ZH de 2014), e a impressão que se tem é de que, chegassem hoje para veranear, os gaúchos tomariam uma ducha de água fria.
Confira a avaliação das praias:
Capão da Canoa: obras de revitalização se espalham pela beira-mar
Torres: apesar da boa conservação na orla, calçadão deixa a desejar
Imbé: obras dividem a praia em duas - uma agradável, outra caótica
Xangri-lá: dificuldade de acesso às praias pode espantar banhistas
Tramandaí: depósitos de lixo a céu aberto dias antes do verão 2016
* Zero Hora