Pela segunda vez em 2015, o projeto de uma taxa para turistas entra em debate em Florianópolis. Primeiro, o vereador Roberto Katumi (PSB) propôs um pedágio ecológico para quem entrasse na cidade, mas a ideia não andou. Agora, a polêmica volta encabeçada pelo presidente da Companhia Melhoramentos da Capital (Comcap), Marius Bagnati.
O sistema sugerido seria instalado no pedágio desativado da SC-401 (em direção ao Norte da ilha), na subida do Morro da Lagoa, e no Rio Tavares (para o Sul,) e cada carro pagaria a taxa uma única vez por temporada. A intenção é estabelecer uma cobrança nos mesmos moldes de Bombinhas no verão passado - projetando inclusive um valor semelhante ao recolhido na cidade, que hoje é de R$ 22, podendo aumentar para R$ 24 em janeiro.
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Ainda que não tenha previsão de data para ser encaminhada à votação na Câmara de Vereadores, a ideia de Bagnati era que a taxa pudesse valer já nos próximos meses.
Entidades empresariais são contra a taxa
De acordo com prefeitura e com Bagnati, o valor seria revertido para os serviços mais afetados durante o verão, como a coleta de lixo, duchas nas praias, guarda-vidas, Polícia Militar, entre outros. Moradores das 22 cidades da Região Metropolitana da Grande Florianópolis ficariam isentos.
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A proposta desagrada entidades empresariais ligadas ao turismo, à hotelaria e ao comércio. Na terçafeira passada, Bagnati apresentou a proposta à Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (Acif-SC). Segundo o presidente da entidade, Sander DeMira, a entidade não vê nenhuma justificativa que sustente o projeto.
- Saímos do encontro discordando ainda mais da criação da taxa, que não qualifica o turismo e sequer tem sua eficiência ou funcionamento garantidos - afirma.