A atriz Emma Watson, estrela da saga Harry Potter, declarou ano passado em uma entrevista: "Parece que quanto melhor eu me saio, maior é o meu sentimento de inadequação, porque penso que em algum momento, alguém vai descobrir que eu sou uma fraude e que eu não mereço nada do que conquistei."
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A atriz e outras celebridades sofrem com o fenômeno conhecido como Síndrome do Impostor, que acomete mais mulheres do que homens. A pedido de ZH, o psicólogo Fernando Elias José elucidou algumas dúvidas sobre o tema.
O que é?
É um fenômeno caracterizado por uma sensação de incompetência, no qual as vítimas não se acham merecedoras de suas conquistas. São pessoas que não creditam seu sucesso à inteligência, competência ou habilidade pessoal. Na cabeça do paciente, seus trunfos foram consequências de sorte, ajuda de amigos ou casualidade. A psicologia não a considera uma patologia. É um tema que é estudado há mais de 30 anos, com muitos livros e estudos publicados.
Ela não pode ser confundida com a baixa autoestima porque na síndrome, o paciente tem provas reais e palpáveis de sucesso ou conquista, apenas não os admite. Na primeira, o paciente nem chega a conquistar algo por medo de arriscar.
Quais os sintomas?
Os pacientes que sofrem com a síndrome não valorizaram o que fazem. Todas as suas conquistas não têm mérito próprio. Essas pessoas tem reconhecimento externo mas não o admitem para si mesmos. As vítimas sofrem com uma angústia e ansiedade constante, com medo de serem desmascaradas. Possuem uma auto percepção distorcida da realidade. Em sua cabeça, são uma fraude.
Qual o tratamento?
Identificados os sintomas, o paciente deve procurar ajuda psicológica para tratar o fenômeno através de terapias que vão reforçar e reconhecer os seus méritos.