Nem todas as gorduras são ruins. Principalmente aquelas com nome de letra grega. Diversos estudos têm provado os benefícios do ômega-3, encontrado em peixes, para o coração, na prevenção do câncer, de doenças neurodegenerativas e da depressão. Como não é produzido pelo organismo, esse tipo de gordura tem de ser ingerida na alimentação.
Por isso, especialistas recomendam comer peixes pelo menos duas vezes por semana. Pessoas que sofreram infarto ou têm risco de morte súbita devem aumentar essa porção, recomendação que precisa de aval médico.
Grávidas também são favorecidas pelo consumo de ômega-3. Para fazer bem, os peixes não devem ser fritos, nem à milanesa. De acordo com o médico Luiz Alberto Fagundes, autor de Ômega-3 & Ômega- 6 (Editora Age, 2002), o ideal é consumir na forma grelhada ou ensopada. Outra dica importante é equilibrar a ingestão de ômega-3 com o ômega-6, encontrado em óleos vegetais, como milho, soja e girassol. O médico recomenda substituir, aos poucos, o óleo de soja pelo de canola para o preparo dos alimentos.
No dia a dia
Onde encontrar
Peixes (salmão, truta, atum, sardinha, arenque)
Oleaginosas (nozes e sementes de linho, linhaça ou canola)
Verduras (mostarda e espinafre)
Quanto ingerir
Pelo menos duas vezes por semana
Dica:
- Triture com a ajuda de um moedor de café sementes de linho ou linhaça e inclua uma a dois colheres de sopa por dia nas refeições. Pode servir para polvilhar saladas verdes ou ser consumida com cereais pela manhã
- Prefira o óleo de canola e o azeite de oliva, reduza ao máximo o consumo de óleos ricos em ômega-6 (milho e soja)
- Conserve o azeite de oliva dentro da geladeira e fora do contato da luz . Óleos podem ficar tóxicos com o calor excessivo
Fonte: Ômega-3 e Ômega-6 - O Equilíbrio dos Ácidos Gordurosos Essenciais na Prevenção de Doenças, de Luiz Alberto Fagundes (Editora Age, 112 páginas, R$ 28)