Desde as 13h deste domingo (16), familiares e amigos prestam homenagem à memória de Pedro Diogo, que era presidente da Banda Saldanha, na capela 3 do Cemitério da Santa Casa, em Porto Alegre, onde o corpo está sendo velado. O enterro será às 17h.
Pedro Lourival Pereira da Fonseca, seu nome de batismo, morreu na madrugada deste domingo (16), aos 64, em Porto Alegre. Ele estava internado no Hospital da Santa Casa para tratar de um câncer de pulmão.
A Banda Saldanha, que completará 40 anos em outubro, é uma das mais tradicionais entidades ligadas ao samba no Rio Grande do Sul, tendo inclusive levado seu bloco ao Carnaval do Rio.
Um dos amigos presentes no velório, o radialista Odir Ferreira destacou o trabalho de Pedro Diogo, que se tornou um símbolo do samba no Estado:
– Era um amigão. Foi meu parceiro e apoiador quando eu trabalhava no rádio. Posso resumir a importância dele em uma frase: em Porto Alegre, o samba e os eventos não serão mais os mesmos sem o Diogo.
Ferreira conta que começou a frequentar a Banda Saldanha "na semana seguinte" à fundação, em 1978, convidado pelo carnavalesco Carlos Alberto Barcellos, o Roxo:
– Ele me disse: "Vou te levar num lugar de que tu vais gostar pra caramba e nunca mais vais sair". Dito e feito.
Marco Antônio Rosa, trompetista da Banda Saldanha, destaca o incentivo que Pedro Diogo oferecia aos músicos:
– Ele era simples, uma pessoa humilde, que dialogava sobre a melhor forma de trabalhar e de fazer uma apresentação. Era sobretudo uma pessoa muito íntegra, honesta, sincera. Se estava bom ou se não estava tão bom, ele sempre dizia para ti.
Para o aposentado Paulo Chananeco, que foi amigo de Pedro Diogo durante cerca de 50 anos, é importante lembrar a participação da Banda Saldanha no Carnaval do Rio:
– Ele divulgou a música do Rio Grande do Sul no Rio. Levava uma banda inteira daqui para lá e juntava 40 mil ou 50 mil pessoas no bloco.