Os executivos do estúdio The Weinstein Company estudam a possibilidade de vender ou fechar a companhia, sacudida pelas acusações de assédio e abuso sexual contra seu copresidente Harvey Weinstein, informou nesta sexta-feira o jornal The Wall Street Journal.
É pouco provável que a produtora de cinema e televisão continue como uma entidade independente, disse ao jornal uma fonte próxima à empresa.
A The Weinstein Company despediu o produtor de Hollywood após o jornal The New York Times publicar as denúncias de assédio de várias jovens atrizes contra ele, que oferecia ajudar com suas carreiras em troca de favores sexuais.
Uma série de denúncias se seguiram a esta história, e quatro mulheres asseguraram ter sido estupradas, a última delas Rose McGowan. Foram abertas investigações em Nova York e no Reino Unido.
Enquanto tenta definir seu futuro, a diretoria do estúdio já contatou vários possíveis compradores, indicou o The Wall Street Journal. No entanto, ainda é incerto se será possível alcançar um acordo que permita ao estúdio continuar funcionando. Outra opção é fechá-lo.
Os membros da junta já teriam descartado um plano anterior em que Bob Weinstein, irmão de Harvey, continuaria à frente de uma produtora com um nome diferente junto com David Glasser, disse a fonte.
Harvey e Bob Weinstein, cofundadores da Miramax Films, entraram na indústria através do cinema independente no final dos anos 1980 e início dos 1990, com filmes como Sexo, Mentiras e Videotape, Shakespeare Apaixonado e Pulp Fiction: Tempo de Violência.
Juntos fundaram The Weinstein Company em 2005, produzindo sucessos de bilheteria como O Discurso do Rei e O Artista.