Conhecido por se posicionar quando o assunto é política, Marcelo Serrado se considera uma pessoa de "centro". Na entrevista à revista GQ deste mês, ele tenta fugir dos maniqueísmos, afirma que já votou em Lula (PT), mas, nas últimas eleições, se aproximou da direita ao apostar em Aécio Neves (PSDB) no segundo turno:
– Entre uma idiota (Dilma) e um débil mental, votei no débil mental.
Nos cinemas, ele interpreta o juiz Sergio Moro em Polícia Federal – A Lei É para Todos, filme sobre a história da Operação Lava-Jato que estreou no dia 7 de setembro. Já fora das telas, Serrado se manifestou contra a corrupção e a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Além disso, é um dos integrantes de um grupo de WhatsApp formado por atores como Christiane Torloni, Marcos Palmeira e Thiago Lacerda, o Só Ação, no qual debatem política e também ações concretas com a qual a classe artística pode se envolver. Mas, hoje, ele evita manifestações públicas de seus pontos de vista.
– Eu já fiz minha parte. Vou continuar a discutir política, mas nos bastidores, nos encontros que tenho feito com os colegas – afirma na entrevista.
A decisão de não falar sobre política inclui não interpretar novamente o juiz Sergio Moro em eventuais sequências de A Lei É para Todos. O ator não se arrepende de seus atos públicos, mas diz que a ficha do desgosto caiu em uma visita ao Congresso, durante a preparação para o filme, dirigido por Marcelo Antunez: ele testemunhou dois parlamentares de campos políticos opostos tratando de amenidades logo depois de se engalfinharem diante das câmeras.