A cantora drag queen Pablo Vittar participou do programa Encontro, apresentado por Fátima Bernardes, nesta quarta-feira (9/8). Além de cantar hits como Sua Cara e K.O., ela falou sobre a sua opção por utilizar seu nome artístico no masculino.
–Nunca senti a necessidade de optar por um nome feminino porque, quando decidi fazer drag, queria passar verdade através da minha arte, música, do que acho que sou. Pabllo me representa de uma forma que você não tem noção – explicou. – Acho que se eu tivesse um nome feminino, não ia passar tanta verdade. Não gosto de me trancar em uma caixa. Gosto de ser afeminada, de ser isso aqui, de sair na rua às vezes de boné. Gosto de ser o que quiser ser – concluiu.
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Pabllo também relembrou os desafios que enfrentou ao longo de sua trajetória.
– Desde pequenininho, sempre tive noção de que era diferente e que não ia seguir os caminhos que um homem que nasceu com genitália masculina tinha que seguir: casar, ter filhos (...) Sabia que ia fazer alguma coisa no mundo para deixar minha marca – relatou.
A cantora também estimulou quem passa pelas mesmas dificuldades a continuar na luta:
– Para a gente, LGBT, nenhum momento da vida é fácil. Temos que provar que podemos, que somos capazes. No começo, levei muitos nãos da vida. Sempre digo que nunca desistam dos seus sonhos porque saí de uma cidade pequena, do interior do Maranhão, batalhei pra caramba. Nunca tive medo de colocar a mão na massa, que dirá de botar a cara a tapa.