Após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revogar as instruções federais que orientavam as escolas públicas dos Estados Unidos a permitirem que os alunos escolhessem qual banheiro usar de acordo com sua identidade de gênero, a cantora Beyoncé demonstrou apoio aos estudantes LGBT.
“Os estudantes LGBTQ precisam saber que nós os apoiamos. Demonstre o seu apoio com as hashtags #protecttransyouth e #KindnessInAction”, publicou a cantora em sua página oficial no Facebook.
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No post, Beyoncé divulgando uma iniciativa da ONG GLSEN, que promove os direitos individuais nas escolas americanas.
Trump fez a revogação das instruções, que foram emitidas no governo de Barack Obama, na última quarta-feira. Segundo o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, a ideia do presidente americano é que os Estados decidam como as escolas devem proceder. Antes mesmo da medida de Trump, um juiz do Texas havia suspendido a orientação de Obama depois que 13 Estados entraram na Justiça para impedir que a decisão fosse tomada no nível federal.
Outra polêmica foi com relação a relatos de um suposto conflito entre o Departamento de Justiça, a favor da medida, e a secretária de Educação de Trump, Betsy DeVos, que seria a favor de manter a orientação de Obama, mas a secretária defendeu Trump e disse que a orientação era um dos exemplos do hábito do governo anterior de ultrapassar suas atribuições.
Houve protestos em diversas cidades dos Estados Unidos contra a revogação. Em frente à Casa Branca, grupos de ativistas segurando placas que diziam "protejam as crianças trans" e "eu estou do lado dos estudantes trans" discursaram. Um dos discursos que ganhou repercussão foi o de Gavin Grimm, que disse que o governo não vai ganhar.
Gavin entrou na Justiça contra a sua escola, em Gloucester, na Virginia, que negou que ele pudesse usar o banheiro masculino. A escola emitiu na última quarta-feira um comunicado em que apoia a medida do governo federal de revogar a orientação e diz que ela contribui para respeitar o papel que os Estados têm no estabelecimento das políticas educacionais. A escola chamou sua política com relação ao uso de banheiros de "política de senso comum e legal perante a lei".
Jessenin Galan trabalha na Casa Ruby, em Washington, capital dos Estados Unidos, centro voltado para direitos da comunidade LGBT. Ela diz que os jovens transexuais devem ser respeitados e que para isso é preciso que tenham direito de usar os sanitários adequados.
– A nova medida só vai gerar mais violência e bullying contra os jovens transexuais – diz.
Kerri Kupec, da Aliança em Defesa da Liberdade (Alliance Defending Freedom), com sede em Scottsdale, no Arizona, acredita que a medida do governo Obama violava a privacidade e colocava em risco a segurança dos estudantes:
– Há pesquisas que mostram que pessoas que foram vítimas de abuso podem sofrer com transtorno de estresse pós-traumático caso tenham de dividir o banheiro com pessoas de outro sexo.
Kerri crê que as escolas têm soluções à disposição para os estudantes transgênero, como criar vestiários específicos para eles.
* Com informações da Agência Brasil