O contista, romancista e ensaísta mexicano Ignacio Padilla, 47 anos, morreu em um acidente de trânsito na noite de sexta-feira no Estado de Querétaro, na região central do México. As circunstâncias do incidente ainda não foram reveladas pelas autoridades mexicanas.
"O escritor Ignacio Padilla morreu na sexta-feira, 19 de agosto, no Estado de Querétaro, como resultado de um acidente de carro. Seu corpo será transferido para a Cidade do México neste sábado", informou, por meio de nota, a Secretaria de Cultura do México.
O secretário de Cultura do país, Rafael Tovar y de Teresa, lamentou a morte do escritor em um post na sua conta oficial no Twitter:
"Lamento a morte de Ignacio Padilla, um homem de letras no sentido mais amplo da palavra. Minhas condolências à sua família", escreveu.
Ignacio Padilla nasceu na Cidade do México em 1968. Ele se formou em Comunicação na Universidad Iberoamericana, uma das mais conceituadas do México. Padilla realizou mestrado em Inglês e Literatura na Universidade de Edimburgo e um doutorado em filosofia na literatura hispano-americana na Universidade de Salamanca.
O escritor era pesquisador do Centro de Estudos de Cervantes e professor catedrático da Universidad Iberoamericana.
Padilla tornou-se um dos expoentes da literatura latino-americana na década de 1990. Ele foi um dos líderes da chamada "Geração do Crack", grupo de escritores que questionavam a não renovação das escolas literárias mexicanas e de outras correntes latino-americanas.
Em 1996, juntamente com outros autores como Jorge Volpi, Eloy Urroz, Miguel Angel Palou e Ricardo Chavez, ele publicou o manifesto do grupo.
Na carreira, Padilla publicou cerca de 30 livros, entre contos, romances, ensaios, crônicas e textos infantis. No Brasil, os livros Amphitryon (2006) e Espiral de artilharia (2007) foram traduzidos. No dia 10 de Fevereiro de 2011, Ignacio Padilla foi nomeado acadêmico correspondente no Estado de Querétaro.
*Zero Hora