O Inter se reapresentou quinta-feira (10), após empatar com o Corinthians, no último dia 5. Foram 4 dias de descanso. Mesmo período que os jogadores do Grêmio receberam após a derrota para o Atlético-MG, no dia 9. Mas nem todos voltaram a trabalhar.
Renato chegará no CT somente nesta terça-feira (15). Mas eu não acredito que tenha sido única e exclusivamente para ficar mais um dia jogando futevôlei na praia com os amigos. O técnico do Grêmio não dá um passo sequer sem que esse movimento seja calculado. Verdade que, por vezes, ele erra o cálculo.
Como estivesse diante de tabuleiro de xadrez, Renato analisa o cenário e se coloca acima do Grêmio, antes do Gre-Nal 443. Não ir ao treino no dia da reapresentação, na minha opinião, é um movimento que pode transformá-lo no grande nome do clássico.
O foco estará em Roger Machado. Por sua história no Grêmio e por escrever uma página marcante na história Gre-Nal, que foi o 5 a 0, aplicado no Inter, em 2015. Além disso, Roger está sendo muito elogiado no centro do país, por comandar a recuperação do Inter no Brasileirão.
Estudioso, didático, comprometido… Roger é o oposto de Renato. Vejo o Inter chegando “redondinho” no próximo sábado. Com tudo que a cartilha manda fazer em termos de preparação para um grande jogo.
O que Renato faz? Chega um dia depois, tira o peso do grupo de jogadores e volta a ser manchete. Se vencer o Gre-Nal, sentará para ler as manchetes que irão exaltá-lo como o gênio, que não precisa treinar para ganhar do Inter, de Roger e D’Alessandro.
Como disse acima, nem sempre os movimentos de Renato terminam em “xeque-mate”. Eu prefiro e acredito no trabalho. Pois, na maioria das vezes, o estudo, a dedicação e a competência de um grupo, supera a estrela de um personagem.
Não que o Grêmio não esteja trabalhando. Mas está muito claro que é o Inter que está muito mais focado na vitória do grupo, do clube, da instituição, da torcida. Enquanto Renato está pensando em colher os louros da vitória sozinho.