Espancada, distorcida, repetida, corrompida, torturada e incompreendida. Nenhuma outra palavra teve tanta relevância em 2021 quanto “liberdade”. A pandemia nos deu a oportunidade de exercitá-la e de compreendê-la no seu sentido mais profundo. Estamos longe, mas o caminho se faz ao andar. Para chegar lá, é preciso combinar duas palavras: “liberdade sustentável”.
Sustentabilidade é um conceito contemporâneo e relevante. Tem tudo a ver com o tempo: garantir o resultado hoje, sem comprometer o amanhã. De nada adianta uma empresa lucrar muito no curto prazo se isso levar a um colapso ali adiante. Vale o mesmo para a relação com a natureza. Qualquer movimento agora precisa considerar o impacto no depois. Não se trata aqui de ser bonzinho, mas de inteligência humana e econômica.
Com a liberdade, funciona igual. A falsa sensação de uma liberdade inconsequente hoje não faz qualquer sentido se botar em risco a liberdade amanhã. As crises empurram nossas decisões para o curto prazo. É por isso que tantos políticos, em tantos lugares do mundo, precisam delas para se eleger. Liberdade para a liberdade, é o meu desejo para 2022, que está logo ali.