O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço.
Na lista de 22 deputados que assinaram um ofício endereçado ao governador Eduardo Leite pedindo a tramitação de uma nova proposta de emenda constitucional (PEC) do duodécimo orçamentário, chamam atenção os nomes de dois parlamentares: Eduardo Loureiro e Juliana Brizola, ambos do PDT, votaram contra a proposta encaminhada pelo ex-governador José Ivo Sartori, em 2016.
Na ocasião, a bancada do PDT ficou dividida: Loureiro, Juliana, Enio Bacci e Marlon Santos foram contrários à iniciativa, enquanto Gilmar Sossella e Vinicius Ribeiro votaram a favor.
Procurado pela coluna, Loureiro disse que é favorável à proposta, mas que, em 2016, votou contra porque não houve um acordo com os demais poderes para a transição entre o modelo atual e o proposto pelo Piratini.
— O projeto do governo estabelecia uma mudança radical, de uma hora para a outra. Tentamos dialogar para propor um ajuste, mas, na hora da votação, o governo não aceitou mudanças — justificou.
Juliana, por sua vez, ponderou que o momento atual faz com que “muitas posições sejam revistas” e também mencionou a falta de acordo para apoio da proposta em 2016.
— Na época, o governo não era muito do diálogo, da conversa, e nós defendíamos uma negociação — pontuou.
Mesmo subscrevendo o documento que pede uma nova PEC do Duodécimo, os pedetistas apontam que o caminho mais adequado seria um acordo para a redução nos repasses mensais feitos pelo Piratini, possibilidade que é discutida entre os chefes de poderes e órgãos autônomos do Estado.