A pouco mais de um ano para o início da campanha eleitoral, enquanto o centro e a direita lançam seus pré-candidatos, o Partido dos Trabalhadores no Rio Grande do Sul não iniciou oficialmente a discussão sobre o tema. Atingida pela baixa popularidade, a legenda pretende usar, no próximo pleito, a mesma fórmula dos anos 1980 e 1990, quando conquistou seus primeiros mandatos.
Desde 2014, a Lava-Jato tocou em todos os grandes partidos, mas, nas urnas, a operação foi, entre outros motivos, a responsável por tirar do PT 34 prefeituras em 2016. Em Porto Alegre, o ex-prefeito Raul Pont não disputou o segundo turno.
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O debate sobre o projeto e possíveis candidatos começa no início de agosto. Segundo o presidente estadual, Pepe Vargas, a única certeza é de que o PT lançará candidato ao Piratini.
Mesmo aparentando sinais de indisposição para concorrer, o ex-governador Tarso Genro é o mais lembrado internamente. A candidatura do petista não pode ser descartada. Em 2014, o ex-governador Olívio Dutra já havia anunciado sua aposentadoria das urnas quando foi convencido pelo diretório a concorrer ao Senado. Em 2016, o mesmo ocorreu com Pont na disputa pela prefeitura de Porto Alegre.
O presidente da Assembleia, Edegar Pretto, também pode entrar no páreo. Além da fama de conciliador, o deputado tem a força do sobrenome do pai, Adão Pretto. Herdou dele a ligação que mantém até hoje com o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). Neste momento, Pretto seria o perfil adequado ao que o partido procura e se propõe, de reaproximação com sua base. Poderia ser o momento para o PT renovar seu quadro, mas as disputas internas não dão brecha a nomes diferentes.
A equipe do presidente da Assembleia avisa que possível candidatura nem sequer foi discutida nos corredores da Casa.
Aliás
Outros setores do PT erguem fortemente o nome de Miguel Rossetto para a corrida ao Piratini em 2018.Há quem diga que o ex-ministro de Dilma Rousseff já está praticamente escolhido para a disputa.