A confirmação de que o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) será mesmo julgado pelos seus colegas, provavelmente em agosto, mostrou que o resultado prático da infindável série de manobras adotadas pelo parlamentar fluminense foi apenas o adiamento de algo que parece sacramentado: Cunha será cassado por quebra de decoro.
Na quinta-feira, os integrantes da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) analisaram um parecer que favorecia Cunha e devolveria o processo contra ele ao Conselho de Ética da Casa. A votação confirmou o esfacelamento do poder do deputado, que durante o período em que esteve à frente do Legislativo pareceu – e talvez fosse – suficiente para fazer prevalecer as suas vontades. Cunha perdeu de lavada: 48 votos contra o parecer e apenas 12 a favor.
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Juliano Rodrigues
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