O destino do deputado Diógenes Basegio (PDT) será decidido pelo plenário da Assembleia, a partir do dia 17 de novembro. Na sessão de terça-feira, a Comissão de Constituição e Justiça rejeitou o relatório do deputado Ciro Simoni (PDT), que substituía a cassação sugerida pela Comissão de Ética por uma punição mais branda, a suspensão do mandato por 90 dias. Como também não havia sido aprovado o relatório de Elton Weber, favorável à cassação, o presidente da CCJ, Gabriel Souza, passou o problema para a Mesa Diretora.
CCJ rejeita relatório que pedia suspensão de Basegio, e cassação volta à pauta da Assembleia
Na próxima terça-feira, o presidente da Assembleia, Edson Brum, levará ao conhecimento da Mesa. O projeto de resolução propondo a cassação do mandato de Basegio será publicado no Diário Oficial de quarta-feira, abrindo caminho para a votação a partir do dia 17. Como a pauta de votações está trancada por projetos que precisam ser apreciados em regime de urgência, conforme o artigo 62 da Constituição, a agonia do deputado deve se prolongar por mais algumas sessões.
Também na terça-feira passada, Brum mandou para a Corregedoria da Assembleia outras denúncias que agravam a situação de Basegio. São acusações ignoradas pela Comissão de Ética, como a adulteração dos hodômetros de veículos, para elevar o valor da indenização, e a retenção de parte dos salários dos servidores do gabinete. Nesse pacote estarão, também, os extratos apresentados na RBS TV pelo repórter Giovani Grizotti, que mostram idêntica saída de valores das contas de assessores e entrada na conta do deputado.
Autor do relatório rejeitado ontem, Ciro Simoni se defende da acusação de que propôs uma punição mais branda por corporativismo, para poupar um colega de partido.
– Precisava me ater aos autos do que veio da Comissão de Ética. Não poderia incluir denúncias por conta própria.
De fato, a Comissão de Ética se ateve a duas questões secundárias da ampla reportagem do Fantástico: a contratação de uma funcionária fantasma, em 2011, e a omissão do deputado em relação ao ex-assessor Neuromar Gatto, que confessou a fraude dos hodômetros e a retenção de parte dos salários dos funcionários do gabinete.
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Rosane de Oliveira
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