Porto Alegre é destaque nesta sexta-feira (20) em alguns dos principais jornais internacionais pela selvageria contra João Alberto Silveira Freitas, homem negro agredido e morto por dois seguranças brancos no estacionamento do supermercado Carrefour.
The Washington Post, um dos diários mais importantes e influentes dos Estados Unidos, destaca em título de sua versão online: "Morte de homem negro após espancamento violento por seguranças indigna o Brasil", diz o título do texto assinado por Terrence McCoy, correspondente no Rio de Janeiro.
"Um homem negro morreu após ser espancado violentamente por dois seguranças de supermercado no sul do Brasil na noite de quinta-feira, desencadeando indignação generalizada em um país que luta cada vez mais contra o racismo estrutural e tratamento violento de negros brasileiros pelas forças de segurança", afirma a reportagem.
Na Argentina, o La Nacion afirma no título da reportagem "Onda de indignação no Brasil pela morte de um homem negro depois de um golpe brutal em um supermercado".
A reportagem salienta que a agressão e a morte ocorreram na noite anterior ao Dia da Consciência Negra. O La Nacion lembra que o Brasil foi o último país do continente americano a abolir a escravatura e que mais da metade dos 212 milhões de habitantes é composta por negros ou mestiços. "Os afrodescendentes sofrem elevados índices de violência policial, pobreza e marginalidade social", diz o texto do jornal portenho.
Na Europa, o El País, de Madri, afirma no título: "Espancamento mortal de um cliente negro por dois guardas brancos põe em foco o racismo no Brasil".
O caso repercutiu também na rede de TV árabe Al-Jazeera: "Brasil - Homem negro é agredido até a morte por seguranças de supermercado", diz a emissora que costuma dar destaque e aprofundar notícias relacionadas à violência no Oriente Médio.
O jornal Libération, da França, país sede da empresa Carrefour, também noticiou nesta tarde o episódio na capital gaúcha: "Onda de indignação no Brasil após o assassinato de um negro em um Carrefour. O jornal parisiense afirma ainda: "Marca francesa está sob críticas".