Faltou gasolina, como disse na semana passada o lateral-esquerdo Renê. Um primeiro tempo de forte marcação, impedindo o River de criar oportunidades. E ainda achou um gol com Valencia, na última jogada do primeiro tempo. Um cenário encantador.
Ganhava de um time poderoso, que jogava em sua casa e tinha 80 mil torcedores o apoiando. Mas veio o segundo tempo. O Inter parou. E só deu River Plate. Marcou dois gols e exigiu do goleiro Rochet, que fez quatro grandes defesas.
Não é uma novidade. O Inter trocou três preparadores físicos no ano e agora tem dois. Uma coleção de erros da direção colorada. O time não consegue correr e ainda tem uma penca de jogadores veteranos. Juntos, eles param no segundo tempo.
Se o Cuiabá conseguiu virar contra o Inter e jogar muito mais no segundo tempo, o River poderia muito mais. E foi o que se viu. Só o time argentino jogou. Jogadores colorados, do meio pra frente, jamais conseguiram segurar a bola. E o River não parou nunca de atacar.
Os gols saíram como consequência natural de um domínio gigantesco. E o que é pior. Mesmo buscando só se defender, o Inter deixou o atacante Solaris duas vezes na cara de Rochet e ele fez dois gols.
Dá para eliminar o River? Sim, é possível. Precisa lotar o Beira-Rio. Precisa fazer gols no primeiro tempo, enquanto tem pernas. E o treinador precisar tirar os veteranos, que cansam no segundo tempo e colocar jogadores descansados. Se tudo isto for feito, o River dança.