Nas minhas noites de insônia, quem me acompanha é a Rádio Gaúcha com o Esporte & Cia, um programa muito atraente, que traz muitas informações e entrevistados de grande capacidade. O que seria de mim não fosse o Rafael Colling me passando tudo isto nestas noites mal dormidas?
Pois, na madrugada de quarta para esta quinta, um dos entrevistados foi o professor Silvio Teitelbaum. Ele é uma das melhores entrevistas, pelo seu conhecimento, pela sua lógica de raciocínio, e espero que dirigentes colorados deem importância ao que ele diz, porque seus conceitos poderão ser muito importantes numa gestão que recém se inicia — e com graves dificuldades financeiras.
Ele trouxe uma estatística inquietante. Relacionou os times de primeira divisão que foram enfrentados pelo Inter e os adversários da Libertadores. Um Gre-Nal, dois jogos contra o Juventude e os quatro pela competição continental. Fora o Grêmio, não chegam a ser adversários de primeira linha, mas vejam o que deu: Grêmio, Always Ready, Juventude, Deportivo Táchira e Olimpia.
O Inter fez nove pontos dos 21 possíveis nestes sete jogos. E o que é ainda mais inquietante: todos os pontos conquistados foram dentro do Beira-Rio. Fez três goleadas: Táchira, Juventude e Olimpia. Perdeu quatro jogos fora do seu estádio, ou seja, todos os jogos que tiveram alguma relevância neste inicio de temporada.
O aproveitamento de Miguel Ángel Ramírez nestes jogos é de 42,9%. Ainda não chegaram os jogos mais complicados, como por exemplo do Campeonato Brasileiro e das fases seguintes da Libertadores.
Para se ter uma ideia, comparando com números do Brasileirão de 2020, o Inter terminaria em 14° lugar, atrás do Atlético-GO. O Inter quer e pode muito mais — afinal, só não foi campeão no ano passado por um gol e um pênalti não marcado.