Não há quem passe pela Rua da República, na quadra entre a João Alfredo e a José do Patrocínio, e não se pegue olhando para cima em frente ao centro de meditação Namastê. O que são aquelas bicicletas escalando a fachada de tijolinho à vista?
— É louco o que a gente fez. Dá orgulho ver que a ideia foi para a frente — diz a instrutora de meditação Jéssica Fiorenza, 37 anos.
Ela conta que há cinco anos, em uma gincana com funcionários e clientes do Namastê, uma das tarefas era bolar uma ideia de fachada para o prédio de três andares. Jéssica e sua equipe pensaram em uma frase, atribuída a Albert Einstein, que, segundo ela, representa bem a filosofia do local: "Viver é como andar de bicicleta: é preciso estar em constante movimento para manter o equilíbrio".
— Até pensamos em emplacar a frase na entrada, mas ficaria muito literal. Nada melhor do que as próprias bicicletas para simbolizar esse constante movimento que a gente precisa ter — explica Jéssica.
O Namastê, então, comprou bikes antigas a preço baixo e instalou andaimes para prendê-las na parede. Nascia, assim, uma das mais marcantes e criativas fachadas da Cidade Baixa.