Depois da polêmica do pichador erudito – aquele entendido em plantas que rabisca o guarda-corpo da ciclovia da Ipiranga identificando as árvores –, uma agência de comunicação teve a ideia de substituir o spray por adesivos.
– Pensamos em como poderíamos passar a mesma informação, mas sem agredir o patrimônio público. Porque, embora a execução tenha sido de forma imprópria, a intenção do cara foi boa – avalia o vice-presidente de criação do Sistema Dez, Carlos Saul Duque.
Em poucos dias, a iniciativa já ganhou o apoio da gráfica Impresul, que se comprometeu a doar 200 adesivos. O objetivo é cobrir as pichações – são pelo menos 11 – que se sucedem às margens do Arroio Dilúvio.
Mas Duque afirma que, primeiro, vai pedir autorização para a prefeitura: ele gostaria, inclusive, de fechar uma parceria com a Secretaria do Meio Ambiente para que ela forneça as informações que vão constar no material. Além do nome popular da árvore, o modelo de adesivo prevê nome científico, família do vegetal e local de origem.
– Se der certo, vou ficar feliz de ter contribuído, ainda que só um pouquinho, para Porto Alegre ser mais interessante – afirma o publicitário.
Quanto ao pichador, que já demonstrou manjar do assunto, Duque avisa que as portas estão abertas caso ele queira seguir apontando o nome das árvores. Mas agora sem spray.