Que história maluca!
Ocorreu em Manhattan. Uma limusine se aproximou do pai do hoje presidente argentino Mauricio Macri. Franco Macri olhou para o veículo e viu o agora presidente dos Estados Unidos, o magnata americano Donald Trump, que o convidou para entrar. Dois seguranças do tipo guarda-roupa o empurraram para dentro, a fim de que ele apressasse o passo. Eram inícios dos anos 1980. O Grupo Macri e as empresas de Trump viviam uma batalha comercial. A Socma, uma das empresas dos Macri, queria fazer investimentos imobiliários em Manhatan. Era o começo da vida empresarial de Mauricio. O Grupo Macri construiria uma torre de cem andares. Só que enfrentou tantas adversidades e resistências, que ficou impossível o financiamento da operação.
Pois bem. Naquela tarde em Manhatan, Franco entrou na limusine de Donald. Juntos, percorreram o charmoso centro da cidade mais cosmopolita do mundo durante meia hora, charlando, ouvindo boa música e talvez até tomando champanha. Ninguém sabe qual foi o diálogo que tiveram, Franco nunca foi muito claro sobre isso. Só se sabe que, depois do passeio por Manhattan, o Grupo Macri se retirou de todo tipo de negócio em Nova York.
Pior: as relações entre os Macri e os Trump azedaram!
Muitos jogos de golfe e almoços posteriores não consertaram o mal-estar.
Restou a certeza de que Trump inibiu os investimentos dos Macri em Nova York.
Agora, Trump preside os EUA. Macri preside a Argentina.
Ambos são homens de negócios, pragmáticos.
Prevalecerá isso ou o ressentimento familiar?
Como Trump não demonstra muito entusiasmo pela América Latina e muito menos pela América do Sul (onde não ficam nem Cuba nem México), talvez ele nem saiba direito onde anda Mauricio.
Mauricio, aliás, que durante a campanha presidencial nos EUA falou de seu entusiasmo por Hillary Clinton, em quem votaria se americano fosse.