Buenos Aires cancelou todas as baladas da cidade. Todas as baladas.
Sim, Buenos Aires, a capital argentina, com uma das noites mais badaladas da América Latina e do mundo, para todos os públicos.
Todas! Por quê?
Porque, duas semanas atrás, cinco pessoas morrerem por ingestão de drogas em uma festa de música eletrônica.
Publicada hoje, a decisão judicial é bem clara: não permite a realização de qualquer "atividade comercial de dança com música ao vivo ou gravada".
Mas um conflito se desenha: a associação que reúne os donos de casas noturnas já informou que não respeitará a ordem. Alega haver inconstitucionalidade.
A justificativa da Justiça portenha é de que há, na capital argentina, um "quadro de impunidade e inexistência de controle estatal em relação às atividades noturnas". Também diz que "o governo não adotou medidas que contribuam de forma concreta para prevenir ou evitar que fatos como o ocorrido se repitam".
A principal preocupação se dá em relação ao uso de drogas.
"É difícil compreender a atitude do prefeito (Horacio Rodríguez Larreta, do PRO, o mesmo partido do presidente Mauricio Macri, de quem é sucessor), que se limita a verbalizar que não autorizará festas eletrônicas futuras, mas não recorre a nenhum ato administrativo específico", escreveu o juiz Roberto Gallardo.
Não foram só as cinco mortes.
Outras cinco pessoas foram internadas em estado grave após a rave do dia 16.
A situação, evidentemente, preocupa.