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O presidente paraguaio Horacio Cartes recebeu o chanceler brasileiro Mauro Vieira e o ministro da Defesa Aldo Rebelo, na tentativa de impulsionar a agenda bilateral de cooperação em defesa e segurança diante do crime organizado e outras ameaças. Evidentemente, o terrorismo está no foco - a fronteira entre os dois países e a Argentina - a chamada Tríplice Fronteira - é tida como origem de financiamento e logística para grupos extremistas.
No marco da I Reunião do "Mecanismo 2+2 de Consulta e Avaliação Estratégica", os ministros decidiram dar impulso à aliança entre ambos países em áreas de interesse, como cooperação bilateral em defesa e segurança, temas regionais e multilaterais, entre outros.
- O Mecanismo 2+2 tem por objetivo estabelecer um instrumento bilateral de consultas na área de defesa e de segurança a fim de impulsionar a agenda de cooperação bilateral e de definir ações para o aprofundamento das relações em matéria de política externa, defesa e segurança entre Paraguai e Brasil - explicou o chanceler paraguaio Eladio Loizaga.
Os chanceleres assinaram as correspondentes notas diplomáticas para prorrogar, por cinco anos, um acordo relativo à cooperação militar.
Os ministros de Defesa assinaram um memorando de entendimento relativo a cooperação para a preservação da memória da Guerra do Paraguai (conhecida no país vizinho como Guerra da Tríplice Aliança), ocorrida entre 1864-70.
De acordo com a chancelaria paraguaia, os ministros abordaram os problemas globais e as ameaças à segurança derivadas da criminalidade transnacional organizada, além dos ataques de grupos radicais ocorridos em diferentes países.
- Estamos certos de que, dessas negociações, teremos resultados que beneficiarão nossos dois países, e especialmente nossos cidadãos nas zonas limítrofes, onde o processo de integração se dá mais do que nas nossas respectivas capitais - disse o ministro Loizaga.
Mas não só na fronteira, claro.