Neste vídeo, veja a homenagem de Barack Obama à "valentia" (...) "em busca da verdade" por parte das vítimas argentinas no golpe militar ocorrido entre 24 de março de 1976 e o ano de 1983, quando o civil Raúl Alfonsín chegou ao poder.
É importante esclarecer: veja a partir do oitavo minuto, que é quando Macri e Obama chegam ao local de onde fizeram o pronunciamento!
Disse que o passado deve ser lembrado e, em espanhol, falou "nunca mais!"
Também homenageou pessoas como os cientistas que ajudaram as Mães e Avós da Praça de Maio a recuperar histórias dos seus filhos e netos e, também, os jornalistas que investigaram e contaram o que ocorria entre 24 de março de 1976 e 1983. Não deixou de citar o ex-presidente americano Jimmy Carter, democrata como ele e "um presidente que entendeu a importância dos direitos humanos".
Carter foi artífice da abertura democrática em países como Brasil e Argentina.
Aqui, a parte principal da declaração de Obama:
"Sei que há polêmicas sobre as políticas dos EUA naqueles dias escuros. É algo que os EUA estão analisando e e trabalhando. As democracias devem ter o valor de reconhecer quando não se está à altura dos ideais que defendemos. Quando demoramos para defender os direitos humanos. Esse foi o caso dos EUA na Argentina. Entretanto, foram os diplomatas que trabalhavam para o nosso governo que levaram a documentar e descrever muitos dos desrespeitos aos direitos humanos. Em 2002, os EUA desclassificaram e publicaram milhares de documentos, muitos dos quais foram usados para incriminar os responsáveis. Hoje, como resposta a uma solicitação do presidente Macri, para seguir ajudando que as famílias das vítimas saibam a verdade e recebam a Justiça merecida, posso anunciar que o governo dos EUA desclassificará ainda mais documentos dessa época, inclusive tendo, pela primeira vez, arquivos militares e de inteligência. Temos a responsabilidade de enfrentar o passado com honestidade e transparência.Essa atitude moral fala da responsabilidade que todos nós temos. Não podemos nos esquecer do passado. Quando temos o valor de enfrentá-lo também temos para a mudança, para construirmos um futuro melhor. Isso é o que tem feito as famílias das vítimas. Os EUA continuarão sendo seus sócios nesses esforços.Não é foi só aqui, também ocorreu em outros lugares do mundo. Temos a responsabilidade de analisar esse passado e de sermos responsáveis pelo futuro. E é isso o que vamos fazer."
Mauricio Macri falou em seguida. Agradeceu por Obama estar na Argentina justamente no dia em que são lembrados os 40 anos do golpe militar que resultou na ditadura de sete anos. E manifestou duas palavras que ele define como essenciais para os argentinos: "Justiça e verdade". Também definiu a ditadura militar como "a época mais escura da história (argentina)".
Depois, repetiu palavras que Obama havia dito: "Nunca mais".