Ao completar 28 anos, a rede Swan Hotéis lança uma nova bandeira, o Swan Generation, que também representa um novo modelo de negócios. O novo projeto abriga três modalidades: hotelaria, coliving, coworking e escritórios individuais.
A estreia ocorre na unidade da Rua 24 de Outubro, onde antes funcionava o hotel Swan Molinos, em Porto Alegre. Com investimento R$ 4 milhões, deve gerar 30 vagas diretas de emprego.
O empreendimento abre as portas oficialmente em 15 de setembro, mas a partir do dia 1º os clientes já podem fazer reservas. Segundo Gabriela Schwan, CEO da rede, o modelo de negócio começou a ser projetado há cerca de três anos.
— Antes mesmo da pandemia, já estávamos analisando tendências para o mercado de hotelaria. Constatamos que a geração Z (nascidos a partir de 1995) busca espaços de compartilhamento e novas experiências. Observamos que a ideia de trabalho remoto já vinha sendo adotada por algumas empresas. Juntamos essas e outras 'camadas' e decidimos criar um único produto que, na minha avaliação, é a tendência da hotelaria nos próximos anos — afirma Gabriela.
Inicialmente, o projeto seria apresentado aos investidores em março de 2020, mas a pandemia adiou os planos. A empresária considera que, por um lado, o cenário colaborou para a execução do projeto. Já que o espaço foi fechado para a reforma.
A unidade terá um espaço de coliving, que consiste em uma opção de moradia temporária que dispensa fiador. O modelo é voltado para quem deseja viver coletivamente, em quartos com quatro ou oito camas. Também há a opção de alugar um quarto privativo.
— É bem versátil, pois existe a possibilidade de transformarmos as ocupações. Se o coliving não estiver sendo ocupado podemos, eventualmente, fazer a venda por diária, vender uma cama, entre outras opções — detalha.
Com assinatura e cogestão da rede de ambientes colaborativos Splace, o coworking terá estações de trabalho que podem ser contratadas por hora e escritórios privativos para contratos mensais, além de sala de reunião. Entre os espaços de coworking e coliving, será compartilhado uma cozinha, uma copa e uma sala de TV.
Quem optar pela hotelaria tradicional terá como opções apartamentos decorados com obras de artistas plásticos e fotógrafos gaúchos. Assim, nenhum apartamento é igual a outro. Os clientes também podem alugar espaços com formato similar a flats, equipados com cozinha.
Questionada sobre a implementação de um empreendimento que busca conectar e criar um espaço de coabitação entre diversas pessoas em meio à pandemia, Gabriela pontua que o projeto foi pensando para os próximos 10 anos e que a empresa já adota medidas de segurança sanitária.
— Temos uma visão de futuro em relação ao Generation. Criamos uma opção que pode ser adaptada a outras cidades, conforme as necessidades do mercado. É importante destacar que fomos uma das poucas redes que não fecharam durante a pandemia, nos adaptamos ao cenário e criamos protocolos de segurança. Também adaptamos o projeto original. O espaço de coworking foi reprojetado pensando na necessidade de distanciamento social entre as mesas — detalha.
O Generation não terá atendimento no balcão. Reservas e check-in serão feitos por aplicativo. Ao chegar ao hotel, o cliente poderá ir direto ao espaço reservado e abrir a porta com tecnologia bluetooth de seu celular.
*Colaborou Camila Silva