O jornalista Leonardo Vieceli colabora com a colunista Marta Sfredo, titular deste espaço
Reflexo da crise do coronavírus, o número de pedidos de seguro-desemprego voltou a subir no Rio Grande do Sul. Em junho, o total de solicitações foi de 41,6 mil, alta de 25,5% frente a igual período de 2019. Trata-se do maior volume para o mês desde 2016 (41,8 mil), indicam dados consultados pela coluna no site do Ministério da Economia.
Apesar da elevação, há um sinal de que o pior pode ter ficado no retrovisor. Na comparação com maio (66,8 mil), o Estado teve baixa de 37,6%. Resta saber se o número continuará perdendo fôlego nos meses seguintes. Com o avanço da covid-19, o Rio Grande do Sul voltou a elevar restrições, o que impacta segmentos diversos da economia.
Em junho, 33,4% dos pedidos foram registrados por trabalhadores do setor de serviços, seguidos pelo grupo da indústria (27,7%). No acumulado desde a segunda quinzena de março, quando os gaúchos passaram a conviver com mais restrições, o número de pedidos de seguro-desemprego chegou a 177,6 mil.
Não quer dizer que todos os benefícios tenham sido requeridos por causa da crise do coronavírus. Mas a pandemia é o principal motivo da destruição recente de empregos em todo o país.