A quem pergunta por que só hoje está sendo lançado o programa InvestRS, parceria da Secretaria de Desenvolvimento com a Federação das Indústrias do Estado para intensificar a atração de investimentos e a promoção comercial do Rio Grande do Sul, o secretário Fábio Branco tem a resposta na ponta da língua: porque só agora há indicadores de que a economia vai reagir.
– Como a situação começa a melhorar, queremos nos antecipar e sair na frente, não esperar que as decisões comecem a ocorrer para depois sair atrás – diz.
O que muda com o novo programa, explica o secretário, é a otimização de esforços entre o poder público e o setor privado. Parte das principais ferramentas de atração de investimentos, os incentivos fiscais concedidos pelo Fundopem serão mantidos. Na discussão com a União sobre o socorro ao Estado, que inclui a revisão desse tipo de mecanismo, representantes do Piratini já sinalizaram que ou a restrição vale para todos, ou não pode valer só para os que precisam de ajuda.
As regras do Fundopem estão sendo reavaliadas, adianta o secretário, assim como as da Lei da Inovação, que não vem atendendo a seus objetivos. Em dois meses, a nova formulação deverá ser enviada à Assembleia para correções. O InvestRS vem sendo estruturado desde meados de 2016, e vai reter no Desenvolvimento um grupo de técnicos da extinta AGDI.
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A parceria com a Fiergs foi definida porque Estado e entidade faziam esforços no mesmo sentido, mas sem comunicação e integração. Agora, vão melhorar a utilização de recursos humanos e inteligência. Segundo Branco, um dos objetivos é complementar o trabalho da Sala do Investidor, que concentrava as informações mas só recebia quem já estava avaliando o Estado.
O objetivo o InvestRS é identificar projetos que possam se interessar pelo Estado e interessar ao Estado. Uma das ferramentas será o portal que concentrará estudos sobre a economia gaúcha, desenvolvido em parceria com a Procergs. Fecomércio, Federasul e Sebrae apoiam a iniciativa.