Durante a semana, encerrou-se uma etapa da vida pública no Brasil. Qualquer que seja a opinião sobre o processo, é fato que houve um desfecho. A ex-presidente Dilma Rousseff se despediu do cargo com frases fortes e avisando que "essa história não termina assim". Os brasileiros se dividiram em reações de alívio, tristeza e revolta. A coluna traz algumas cenas de despedida, moduladas por esses mesmos sentimentos, para compartilhar.
... E o Vento Levou (1939)
O clássico entrou aqui não pela famosa cena final, em que Scarlet O'Hara promete que nunca mais passará fome, mas por uma despedida intermediária, entre a protagonista e Rett Butler, considerada uma das rupturas menos açucaradas do cinema. No rompimento, ela pergunta "Onde devo ir, o que devo fazer?". E ouve como resposta: "Francamente, querida, eu não ligo a mínima". A expressão em inglês, "I don't give a damn" provocou certo escândalo na época.
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Casablanca (1942)
A cena vem depois da despedida entre Rick e Ilsa, sua chuva de lágrimas e a famosa frase "Sempre teremos Paris". Como quem não viu Casablanca até hoje nem de cinema deve gostar, a coluna vai se permitir um spoiler. Com o coração partido, Rick, o protagonista, declara para o até então antagonista: "Acho que é o começo de uma bela amizade".
As Pontes de Madison (1995)
Tem uma das cenas mais clássicas da história recente do cinema, o momento em que, com a mão na maçaneta do carro, em meio à chuva, a personagem Francesca (Meryl Streep) toma a decisão que pode mudar o resto da sua vida. É um momento que une a urgência da decisão e o medo do arrependimento. A coluna não fará spoilers nem se tratando de um filme muito antigo.
Minha Vida sem Mim (2003)
Quem nunca viu um filme da diretora espanhola Isabel Coixet pode começar por este, desde que esteja forte. Longe das fórmulas dos melodramas, é simples e delicado, mas profundamente triste, ao abordar a história de uma mãe de duas meninas que descobre uma doença incurável.
