Desde o janeiro seguinte ao estouro da crise global, em 2009, o Fórum Econômico Mundial alternava temas relacionados ao derretimento das bases da multiplicação de riqueza. Neste ano, a organização decidiu se libertar do fantasma e focar na Quarta Revolução Industrial. Mas o fórum volta a começar dominado pela incerteza sobre o reaquecimento econômico global.
A 46ª edição terá de se debruçar sobre o impacto da queda do preço do petróleo, a profundidade a desaceleração e, acima de tudo, qual pode ser o caminho para a volta do crescimento sólido.
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Os 2,5 mil líderes, como de hábito, estão cercados por um esquema de segurança pesado. E depois dos atentados de Paris, ainda mais reforçado por homens e armas.
Indústria gaúcha inicia o ano pessimista
Antes do fórum, um termômetro do pessimismo nos negócios
Não é só no Brasil que a confiança dos executivos sobre o crescimento da economia mundial e o desempenho de suas próprias empresas se deteriorou ao longo de 2015.
O cenário de pessimismo foi apresentado na segunda-feira pela PwC, durante a divulgação da 19ª Pesquisa Global com CEOs, em Davos. No mundo, apenas 27% dos entrevistados acreditam que a economia irá melhorar nos próximos 12 meses, ante 37% da edição anterior do estudo. E somente 35% estão confiantes no aumento de receitas de suas empresas - eram 39% em 2015.
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Não bastasse a queda nos números, o presidente da consultoria, Dennis Nally, fez um alerta: se a pesquisa, realizada entre setembro e dezembro, fosse repetida agora, "com certeza" os resultados seriam ainda mais desoladores.
Conforme pesquisa, executivos no Brasil apostam na recuperação da economia global. Só 24% acreditam que terão crescimento de receita nos próximos 12 meses. Por outro lado, 39% esperam recuperação da economia global ainda neste ano, bem acima da média registrada nos outros países.