Ela é linda, vencedora, ocupa o posto de tenista número 1 do mundo, mas o que mais conecta Aryna Sabalenka com sua legião de fãs não se mede com dinheiro, títulos ou fama. A conexão é 100% humana. Porque ela chora quando perde, ri de si mesma e nunca esquece de sorrir e dançar. Sabalenka é hoje a figura mais carismática do esporte mundial.
Sabalenka está entre os personagens de uma série da Netflix chamada Break Point, que acompanha tenistas do circuito. Ali é possível entender a dificuldade de um esporte individual tão competitivo. Ali é possível entender o peso de ser apontada como alguém de muito talento, mas que precisa confirmar as expectativas vencendo um torneio do chamado Grand Slam, o quarteto formado por Wimbledon, na Inglaterra, Roland Garros, na França, e os abertos dos Estados Unidos e da Austrália. Um passo importante que ela alcançou pela primeira vez em 2023, e tudo está retratado no documentário, e repetiu em 2024, na Austrália. E foi mais além quando faturou o aberto dos Estados Unidos, também no ano passado.
Neste último fim de semana, a tenista que nasceu na Bielorussia e que namora um brasileiro, começou sua campanha em Melbourne na luta para ser a primeira mulher a conquistar o tricampeonato consecutivo na Austrália. Pois ela venceu na estreia e, na hora da entrevista, provocada pela repórter que citou uma postagem da tenista dançando com sua equipe um dia antes, repetiu os passos para uma quadra lotada que levantou para acompanhar o pequeno show com palmas.
Sabalenka não tem a frieza e precisão da alemã Steff Grafi, nem o talento exuberante da norte-americana Serena Willians, mas é novidade que pode impulsionar pequenas jogadoras pelo mundo. Sabalenka é a eterna solução de problemas em quadra. Nunca está tudo bem, mas tudo pode ficar bem porque ela nunca se entrega. Seu rosto não esconde nada, seu sorriso conquista o mundo. Por essas e outras, é impossível não gostar da Sabalenka.