Luís Augusto Fischer
Que o Modernismo paulista é superestimado, nenhuma novidade, ao menos para este que aqui escreve. Que essa sobrevalorização conduza a demasias como — não estou brincando — um curso intitulado “O guarda-roupa modernista: o casal Tarsila e Oswald e a moda”, a ser ministrado por Carolina Casarin, talvez seja inesperado, mas não totalmente. Já disse com muito mais talento que eu o Franco Moretti: essas superestimações dependem da eleição de um cânone restritíssimo, que dá valor apenas e somente a um grupo fechado de obras que são lidas, então, como portadoras da revelação. Como fazem as religiões canônicas.
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