"A melhor coisa a se fazer numa briga é não apartar". As aspas são de um grande pensador do Alegrete chamado Seu Alfeu. Aparentemente, o velho Alfeu não parece um pacifista. Mas ele tinha uma tese que vi confirmada em peleias de colégio ou de boates.
Aquelas em que uns mata-cobras são distribuídos sem ninguém se machucar para depois beber abraçado, rindo da bobagem de antes. A tese: quando ninguém afasta os oponentes virulentos, a altercação finda, acaba.
O lamentável ato final de oito expulsos e a varzeana minutagem final com sete na linha e um no gol abala o clássico. Jogadores tentaram parar, outros tentaram bater, a peleia se formou sem feridos e com uma boa parte das personagens do Gre-Nal envergonhada e um público atônito.
Briga é no UFC. Aliás, lá não se briga, se luta. Com técnica. A mesma que durante 80 minutos foi mostrada na coisa chamada futebol que apareceu na partida.
Coudet está trabalhando e, se maior técnica aparecesse na frente, a vitória seria colorada. Há um trilho e o Inter está firme e forte.
Mas a pauleira, o espetáculo patético de socos perdidos no ar, agarrões infantis e palavras egocêntricas testando macheza comprovaram a tese de Seu Alfeu. Era melhor não apartar nada para os briguentos passarem vergonha mundial. Por tentarem uma cizânia sem sentido e estragarem um belo 0 a 0.