Deu a lógica no Gre-Nal 443. Venceu quem estava melhor equipado, melhor preparado e mais azeitado. O Inter fez 1 a 0 e confirmou a sua superioridade técnica neste momento. Em 90% do jogo, foi superior. Controlou as ações, criou, teve mais lucidez com a bola e apetite ofensivo. Roger foi premiado com a vitória.
O Colorado obtém, agora, uma hegemonia sobre o rival em um recorte recente. São quatro Gre-Nais seguidos com vitória e 100% nos três clássicos de 2024. O que não acontecia há 50 anos, desde 1974, um ano em que o Inter de Rubens Minelli conquistou o Gauchão ganhando todos os jogos.
Esse recorte de 2024 serve como fotografia do momento que vive o Grêmio e as dificuldades que vem apresentando na temporada. São 15 derrotas em 30 jogos no Brasileirão e, outra vez, a vizinhança com o Z-4. Esse, o mais pesado saldo do clássico e a definição do que será a briga gremista nestes últimos 40 dias do ano.
O lado azul
O rendimento gremista no clássico, com a ideia de se defender e encaixar um contra-ataque, surtiu efeito por 15 minutos. Até Roger tirar Bruno Henrique do lado direito do meio e encostá-lo pela esquerda. Ali, fluiu todo o jogo, com Bernabei, Alan e Wesley levando vantagem, e o Grêmio tentando aproveitar espaços às costas do lateral-esquerdo sem sucesso.
No segundo tempo, o volume do Inter seguiu alto. Renato mudou a estratégia, com Soteldo e Monsalve, nos lugares de Edenilson e Cristaldo. O jogo se abriu. Foi quando veio o gol do Inter, em uma jogada articulada, que atravessou o campo e foi de um lado a outro. Um gol que só refletiu a superioridade. Algo que o Grêmio teve apenas no final, quando partiu em busca do empate, sem sucesso.
Assim, o Gre-Nal 443 acaba com o Inter sonhando com o G-4, e o Grêmio espiando o Z-4.