O Marrocos colocou mais um tanto de tempero africano nas oitavas. Depois de Senegal garantir sua vaga, foi a vez da seleção de Hakimi, Mazraoui e Zyiech avançar em primeiro, em um grupo no qual estavam a vice e a terceira colocada da Copa da Rússia. A vitória de 2 a 1 sobre Canadá foi mais uma amostra de força coletiva de uma seleção que tem na fortaleza defensiva a sua marca. Havia sido assim nas eliminatórias africanas e se repete aqui em Doha. Há um trabalho coletivo que é arrematado por suas individualidades, os laterais Hakimi e Mazraoui, o extrema Zyech e o centroavante En-Nesyri.
Walid Regragui repete na seleção o que fez no Wydad Casablanca, um dos principais clubes africanos. Ex-zagueiro da própria seleção, ele tem uma carreira incipiente e fez no Wydad seu grande trabalho. Tudo baseado na força defensiva. Seguindo muito uma linha das seleções africanas de origem árabe. Aliás, as oitavas poderão contar com três das cinco seleções que vieram ao Catar. O que é um respiro e um sinal de retomada do continente.
Quanto ao Canadá, podemos dizer que a Copa foram excelentes duas semanas de intercâmbio, para aprender como funciona tudo sob o selo da Fifa e como é esse mundo estrelado da Copa. Em 2026, os canadenses receberão o Mundial, compartilhando com México e EUA. Para jovens como Davies e talentosos jogadores, como David, do Lille, a vinda ao Catar foi produtiva. Serão eles os líderes dos canadenses neste longo ciclo até 2026.