O Grêmio insiste em uma fórmula que fracassou em 2021 e, por isso, causa calafrios na torcida. O 1 a 1 com o Juventude, conseguido à base de insistência e em um lance quase casual, em rebote de arremesso lateral, foi pouco e mostrou avanços muito tímidos de um trabalho que está sendo uma continuidade.
Mancini teve os 14 jogos da reta final do Brasileirão e mais três com os titulares neste ano. O Grêmio segue com as mesmas características, dependendo de individualidades. Esse, aliás, não é um filme novo na Arena. Foi na Era Cebolinha, seguiu-se na curta gestão de protagonista de Pepê e segue-se agora com Ferreira.
Aliás, a lesão de Ferreira, que saiu com a mão na virilha, gesto sintomático, preocupa ainda mais justamente por essa dependência de um jogador que desequilibre.
Contra o São José, a vitória havia chegado pelos pés de Ferreira, em um momento delicado do jogo. Mas ali era o primeiro jogo apenas da temporada, havia todo um desconto. Mas se passaram três jogos e nada mudou.
A torcida irrompeu insatisfeita depois do gol do Juventude, neste domingo (13), por isso e, também, por algumas insistências. Thiago Santos e Lucas Silva seguiram titulares. Na hora da troca, apenas um deles (Lucas) saiu, para a entrada de Villasanti.
Diogo Barbosa segue sem dar solução para o lado esquerdo. Chegou para resolver os problemas ali e segue sem evoluir um centímetro. Nicolas, e não só pelo gol, entrou e deu melhor resposta. Na frente, Diego Souza segue sendo a referência e, ao lado de Ferreira, uma individualidade.
O resumo do domingo na Arena foi de preocupação. Muito menos pelo empate contra um Juventude sem técnico e afogado no Z-2 e muito mais pela falta de evolução. A preocupação está na necessidade urgente de resolver problemas antigos, que levaram o time ao rebaixamento, e deixá-lo sólido para encarar o maior desafio do ano, que é emergir da Série B sem sobressaltos.