Há um descontentamento claro do Grêmio com o presidente do STJD, Otávio Noronha. Em entrevista concedida ao Hoje nos Esportes, da Rádio Gaúcha, o diretor jurídico Nestor Hein foi duro ao se referir a Noronha como "moleque", pela juventude.
Hein criticou as decisões, apontando a falta de experiência como razão delas. Noronha, 37 anos, foi eleito presidente do STJD em julho do ano passado, para o quadriênio 2020-2024. Ele chegou ao STJD em 2012, como auditor. Em 2016, passou a fazer parte do Pleno, indicado pela OAB/Federal. Dois anos depois, assumiu como vice e corregedor na gestão de Paulo César Salomão.
Noronha é filho de João Otávio de Noronha, presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) até agosto de 2020 e reconhecido em Brasília pela boa relação com o presidente Jair Bolsonaro. Noronha Filho, mineiro de Três Corações, virou notícia nos últimos dias pela liminar concedida ao Flamengo para que, a partir da liberação da prefeitura do Rio, pudesse receber torcida no Maracanã.
Nesta quarta, ele negou o pedido de cassação da liminar feito por 17 clubes da Série A. Em seu despacho, alegou que a situação da pandemia em março, quando o Flamengo concordou com a ausência de torcida, era diferente do que temos hoje. Em seu entendimento, a CBF não tem competência para deliberar sobre a liberação de público. Isso fica reforçado pela liminar que concedeu, nesta quarta, para Vila Nova, Goiás e Confiança, todos da Série B, para que possam receber torcida em seus jogos como mandantes.