Há uma questão que ocupará a pauta do Inter logo ali, em dezembro. E preparem-se para um debate que tomará bom espaço: como será o aproveitamento de Paolo Guerrero no Inter de Eduardo Coudet? Há um lema que o argentino trata como um mantra em seus trabalhos: quem não corre, não joga com ele.
Porém, estamos tratando aqui de um dos mais renomados camisas 9 do cenário sul-americano. Por isso, fica a interrogação de como Coudet poderá encaixá-lo em seu modelo de jogo no Beira-Rio.
Assisti a dois ou três jogos do Racing na atual Superliga Argentina. A ideia de jogo adotado pouco muda em relação àquela implantada no Rosario Central de 2016, que colocou Coudet em evidência no continente.
Números
No seu Racing de agora, o técnico escala na frente Lisando López e Cristaldo, ex-Palmeiras e que ele resgatou ao buscá-lo em casa, fora de forma e sem clube. Lisandro, embora seus 36 anos (faz 37 em março), é um atacante de movimentação intensa, agressivo na marcação e, muitas vezes, cumpre a tarefa de fechar a linha de quatro no meio na recomposição.
Guerrero, por sua vez, é um centroavante típico, de posicionamento, que trabalha mais em tabelas ou segurando a bola para que o time venha de trás. Claro que compensa sua pouca mobilidade com gols. Aliás, sua primeira temporada no Inter é das melhores de sua carreira em números. Em 35 jogos, fez 15 gols. Voltou da suspensão, em abril, com apetite. Mas será o suficiente para que Coudet reveja sua ideia de jogo? Esse debate não tardará.