Em breve, a prefeitura terá que aportar novos recursos às empresas de ônibus de Porto Alegre. O cálculo já foi feito e repassado para a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC).
De acordo com o engenheiro da Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP), Antônio Augusto Lovatto, o montante estipulado é de R$ 5,8 milhões. Ele corresponde a valores devidos pela prefeitura entre os meses de maio e junho.
- Este é o motivo que houve a falta de horários - diz Lovatto, lembrando que, na semana passada, a empresa Trevo não tinha dinheiro suficiente para comprar combustível e, por isso, não conseguiu tirar da garagem 36 ônibus entre quinta e sexta-feira.
Além disso, as empresas também já anunciaram o parcelamento do salário dos rodoviários. Trevo, Restinga e Carris foram afetadas.
Para manter a tarifa sem reajuste a partir de fevereiro, a prefeitura concordou em subsidiar parte do custo da operação do sistema. Ao todo, R$ 16 milhões foram divididos em oito parcelas e valeriam até o mês de abril.
Dessa forma, a passagem foi mantida em R$ 4,55. Porém, o reajuste só passou a valer no começo de julho.
A Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (SMMU) informa que os custos do sistema nos meses de maio e junho estão sendo auditados. Após a conclusão dos cálculos, os valores serão divulgados.
Desde a semana passada, a passagem de ônibus de Porto Alegre está custando R$ 4,80. O valor foi definido pelo prefeito Sebastião Melo e é R$ 0,40 menor do que foi estipulado pelo Conselho Municipal de Transporte Urbano (Comtu) e pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC).