Em 50 dias de atuação contra os efeitos das cheias no Rio Grande do Sul, as Forças Armadas, polícias e bombeiros ajudaram a resgatar 71 mil pessoas. Além disso, realizaram 37 mil atendimentos médicos, instalaram 13 pontes e providenciaram 6,5 mil ações de ajuda humanitária. Esses são destaques apresentados nesta terça-feira (18) pelo Comando Militar do Sul (CMS) do Exército, que coordena a Operação Taquari 2 e centraliza até agora uma força-tarefa composta por 34 mil militares, policiais e agentes públicos de diversas esferas.
A força-tarefa montada para socorrer flagelados durante as enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul é a maior ação já realizada pelas Forças Armadas brasileiras em tempo de paz. O balanço apresentado pelo chefe do CMS, general Hertz Pires do Nascimento, inclui ainda intervenções de engenharia para ajudar no fim de 69% dos bloqueios rodoviários nas estradas gaúchas, remoção de 56 mil metros cúbicos de entulhos (o equivalente a 4,6 mil caçambas) e limpeza de 80 escolas. Um dos pontos altos da mobilização foi o salvamento de 10,5 mil animais.
- Nesse esforço foram mobilizadas 5,6 mil viaturas e equipamentos de engenharia - destaca o general Hertz, que apresentou os resultados da Taquari 2 em cerimônia realizada na sede do Regimento Osório (Cavalaria de Guardas do Exército), em Porto Alegre.
As aeronaves usadas nas ações contra as cheias realizaram 3,2 mil horas de voo, o que equivale a 72 voltas no planeta Terra, acrescenta Hertz.
O general ressalta que o ritmo de Operação Taquari 2 diminuiu, mas não parou. Até porque a chuva voltou a cair sobre o Rio Grande do Sul e o alerta permanece.