A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) marcou para a próxima sexta-feira (13) seis novos leilões de arroz. A data foi decidida após a última rodada de oferta do cereal, que terminou com poucos interessados. Até o momento, foram adquiridas apenas 20,4 mil toneladas. Os eventos desta semana abrirão a possibilidade de compra de mais 479,5 mil toneladas.
A medida do governo federal é voltada à compra de arroz nacional e busca incentivar a produção do cereal no Estado, maior produtor, e em outras regiões brasileiras. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia sinalizado essa vontade durante a polêmica envolvendo a importação do cereal em meio à enchente no Estado. O objetivo seria reduzir a elevada dependência da produção gaúcha, que hoje representa 70% da nacional.
Para isso, explica o diretor de Operações e Abastecimento da Conab, Arnoldo de Campos, era preciso garantir preço ao produtor.
— O arroz é um importante alimento na dieta do brasileiro, e o governo federal vem adotando medidas de estímulo à produção de arroz, que vinha caindo nos últimos anos — contextualiza Campos.
Foi liberado para a medida R$ 1 bilhão, que permite a aquisição de até 500 mil toneladas de arroz desta safra. A aquisição está sendo feita por meio do Contrato de Opção de Venda, uma modalidade de seguro de preços que dá ao produtor rural ou à sua cooperativa o direito (não a obrigação) de vender seu produto para o governo, em uma data futura, a um preço previamente fixado.
Para esses novos seis remates, a compra será voltada aos Estados de Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Tocantins. Os três primeiros serão destinados à agricultura familiar. Os demais, a todos os produtores rurais e cooperativas, inclusive agricultores familiares.