A jornalista Bruna Oliveira colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Protagonista mundial na fabricação de biocombustíveis, o Brasil tem na força da sua agricultura o maior impulso para ser peça-chave da transição energética. E a relevância do setor para este momento já vem sendo reconhecida na percepção dos brasileiros.
Pesquisa inédita da Nexus a qual a coluna teve acesso apontou que para 71% dos entrevistados os combustíveis verdes vão gerar mais empregos nas áreas rurais, como consequência do incentivo à produção de matérias-primas.
O levantamento Combustível e Energia Sustentáveis: A Visão dos Brasileiros foi feito para a Secretaria de Comunicação da Presidência da República e ouviu 2.004 brasileiros das 27 unidades da federação.
As discussões sobre energia limpa esquentam a cada ano diante da urgência das mudanças climáticas e foram assunto de peso durante a COP29, em Baku, no Azerbaijão.
Do lado econômico, a expectativa é de que a maior produção de biocombustíveis, amparada pela Lei do Combustível do Futuro, traga bons resultados de desenvolvimento, principalmente nas economias locais que se beneficiam com efeitos na indústria e na produção agrícola.
Ganham todos neste cenário, sobretudo o Rio Grande do Sul: o Estado é um dos maiores produtores nacionais de biodiesel feito de soja e avança para se consolidar na fabricação de etanol com cereais de inverno, como trigo e triticale.
O que mostra a pesquisa
- 71% concordam que o programa Combustível do Futuro vai gerar mais empregos nas áreas rurais, já que vai incentivar a agricultura.
- 69% acreditam que o aumento da produção de biocombustíveis vai gerar crescimento econômico para o país.
- 66% concordam que o aumento da mistura dos biocombustíveis na gasolina e no diesel vai melhorar o meio ambiente, já que vai reduzir a emissão de gases poluentes.