A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Dos rodeios à erva-mate, mais do que cultura do gaúcho, o tradicionalismo também representa uma fatia importante da economia do Estado. É o que demonstrou, em números, um estudo inédito divulgado nesta terça-feira (10), no Acampamento Farroupilha. Só em 2023, a movimentação chegou a R$ 4,5 bilhões.
Para o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, ter noção desses números dimensiona "o tamanho da grandeza desse movimento" na economia:
— Demonstra o que isso representa em geração de empregos, na movimentação econômica, nos vários setores da economia que estão envolvidos diretamente nas atividades tradicionalistas e culturais, da ração dos animais às pilchas.
Os números, lembra ainda Ronaldo Santini, secretário estadual do Turismo, também servirão de apoio a políticas públicas para este segmento no futuro:
— Tudo isso precisa estar comprovado mais do que na paixão de quem defende a causa. Precisa estar comprovado em números, como qualquer indústria faz.
Com execução do professor José Moura, o estudo foi coordenado pela Universidade Feevale de forma gratuita e contou com a parceria das secretarias de Desenvolvimento Econômico, do Turismo, da Cultura e da Agricultura.
Os eixos do tradicionalismo
- Rodeios: R$ 2 bilhões
- Festas: R$ 613,4 milhões
- Música: R$ 220 milhões
- Cavalo crioulo: R$ 1 bilhões
- Radiodifusão: R$ 2,3 milhões
- Projetos culturais: R$ 65,8 milhões
- Erva-mate: R$ 396 milhões
- Cutelaria: R$ 96 milhões
- Churrasco: R$ 106,5 milhões
Fonte: Pesquisa - A participação do tradicionalismo no PIB do RS