O ano começou em ritmo lento para o setor de máquinas agrícolas. Em janeiro, único mês contabilizado até o momento pelo levantamento da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulgado nesta segunda-feira (6), as vendas caíram quase 14% na comparação com o mesmo mês em 2022. Nesse período, 3,4 mil unidades foram comercializadas no país.
Fora a sazonalidade — já que neste período a atenção dos produtores se volta para a colheita, é a falta de crédito que tem empurrado os números ainda mais para baixo.
— Não é de agora. Já fazem muitos meses que o produtor está sem recurso para financiamento com taxas equalizadas — afirma o vice-presidente da Anfavea, Alexandre Bernardes, referindo-se ao último Plano Safra, que esgotou rapidamente.
A estiagem no Rio Grande do Sul é outro fator que preocupa Bernardes. Ainda assim, para fevereiro e março, o dirigente já “sente o produtor mais otimista”:
— Para o ano, esperamos que se consiga atingir o mesmo número de 2022 (67,4 mil unidades, 19,4% a mais do que em 2021).
As exportações de máquinas agrícolas também registraram queda em janeiro. Foram 762 máquinas comercializadas para o exterior, 5% a menos que o mesmo mês em 2022. E o principal motivo está na Argentina, importante destino de peças brasileiras, que tem controlado suas importações, explica o dirigente.
*Colaborou Carolina Pastl