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Munidos de dados revisados da Emater e de documento assinado por 11 entidades, representantes do setor produtivo e do governo do Estado, incluindo o governador Eduardo Leite, voltaram a bater à porta do Planalto. Nesta quarta (11), em reunião no Ministério da Agricultura, buscavam apoio do governo federal para medidas capazes de reduzir os impactos negativos da estiagem na produção gaúcha.
Novo encontro, dessa vez com técnicos, foi marcado para hoje. Qualquer ação depende do aval da pasta da Economia, porque envolve aporte de recursos. O cenário atual ampliou os prejuízos projetados em relação ao encontro anterior com a ministra Tereza Cristina. A redução projetada para a colheita de soja mais do que dobrou em relação ao levantamento apresentado na feira de Não-Me-Toque, na semana passada. E foi alimentada também pela falta de chuva no momento mais crucial do desenvolvimento das lavouras de soja. Só reforça que o quadro hoje ruim ficará ainda pior.
— Lá (em fevereiro) era uma realidade totalmente diferente de agora. Se tem perda real, sem possibilidade de recuperação. Chegou o momento de ajudar a quem está precisando – disse à coluna o secretário da Agricultura, Covatti Filho, antes do encontro com a ministra Tereza Cristina.
Ele pontua que o RS é o único com situação problemática: no país, as perspectivas são de safra recorde. Das oito ações listadas, a renegociação de créditos de custeio e comercialização obtidos até a safra 2019/2020 e que estejam por vencer neste ano é urgente. A proposta é para que seja feito parcelamento, em 10 anos, com entrada de 10% até julho de 2021.
No caso das linhas de investimento, a sugestão é prorrogar parcelas que venceram ou vencerão neste ano para depois da última. Cabe ao governo federal, o aporte de recursos para equalizar juro e taxas administrativas referentes à modificação de prazos.
— A última condição de chuva mais generalizada foi em 24 de fevereiro. Não se estancou a estiagem. Cada dia a situação é mais complexa — reforça Alencar Rugeri, diretor técnico da Emater.
Relatos de produtores pintam retrato ainda mais feio do que o desenhado pelos números. Com reflexos negativos que irão além da colheita.