O Rio Grande do Sul abriu oficialmente nesta sexta-feira (23) a colheita do arroz. Autoridades, entre as quais o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, e o governador, José Ivo Sartori, estiveram presentes na cerimônia, realizada na Estação Experimental do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga).
_ Mostrar ao secretário Neri toda gravidade e o ambiente hostil ajuda a dar outra velocidade aos pedidos _ entende Henrique Dornelles, presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Estado.
A colheita está estimada em 7,8 milhões de toneladas, redução de 10% em relação ao ciclo passado. Os altos estoques têm, no entanto, derrubado os preços do cereal, mesmo no período da entressafra. Com custos de produção acima do valor mínima da saca, de R$ 36,01 e pressionados pelo endividamento, produtores pedem ações do governo. Geller sinalizou com a possibilidade de prorrogação das parcelas de custeio.
Os arrozeiros buscam ainda aquisições do governo federal e novos leilões, para enxugar a oferta. Outro ponto importante é incentivar o consumo do cereal, que caiu 10,3 quilos por habitantes em 20 anos no país.