A quarta rodada de leilões para escoar a safra de trigo negociou apenas 23,6% das 300 mil toneladas ofertadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no Rio Grande do Sul. Nas operações de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro), destinado a produtores e cooperativas, foram vendidas 67,7 mil toneladas, 27,08% das 250 mil toneladas ofertadas. No Prêmio para Escoamento de Produto (PEP), a comercialização foi pífia: 3 mil toneladas, 6% de 50 mil toneladas.
Os prêmios foram arrematados sem disputas, pelo valor de abertura de R$ 208 por tonelada.
– Tem só uma trading comprando, muitas indústrias estão retornando de férias agora – diz o corretor Giuliano Ferronato, presidente da Bolsa Brasileira de Mercadorias.
Com a baixa demanda, o mercado de trigo continua praticamente parado. Calcula-se que somente 15% da safra gaúcha tenha sido vendida até agora.
Na segunda-feira, entidades do setor reúnem-se com a Conab para definir como serão os próximos leilões.
– A expectativa é flexibilizar regras para cooperativas e cerealistas participarem dos leilões – completa Ferronato.