Operações financeiras conhecidas como "Trump Trade" reagem com força à confirmação do retorno de Donald Trump à Casa Branca, vencendo Kamala Harris na disputa pela presidência dos Estados Unidos. O dólar é a principal delas. O índice que o compara com outras moedas estrangeiras atingiu seu maior patamar desde 2020, auge da pandemia. Aqui no Brasil, o mercado abre 9h para negociações futuras. A tendência é de que o real acompanhe outras moedas na desvalorização, com o risco de que o dólar chegue a R$ 6.
A principal promessa e característica econômica do candidato eleito é elevar tarifas de importação, principalmente da China. Isso deixa produtos mais caros para os norte-americanos, tende a elevar juro, o que atrai mais dólares para os Estados Unidos e provoca desvalorização das moedas em outros países.
Por outro lado, Donald Trump também promete cortar impostos. Isso gera a expectativa de aumentar os lucros de empresas, especialmente aquelas de setores que têm a preferência clara por parte do republicano. O outro efeito do Trump Trade, portanto, é valorização de ações na bolsa de valores dos Estados Unidos. Na Europa, há alta também, com mais previsibilidade econômica, mas desvalorização de papéis de montadoras exportadoras e de energias renováveis. Na China, claro, caem, com a perspectiva de ter suas exportações sobretaxadas.
Por fim, o bitcoin bate recorde. Isso porque Trump prometeu uma desregulamentação total do mercado de criptomoedas.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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